Minha infância foi marcada por alguns games que são insubstituíveis e, talvez não 
            por coincidência, dirigidos pelo mesmo homem: Tim 
            Schafer. Se você era criança na década de 90 e gostava de games e boas histórias, sem dúvida conhece 
            os clássicos Full 
            Throttle (meu jogo favorito de 
            todos) e Grim 
            Fandango. Dezesseis 
            anos depois do seu último adventure 
            point and click, Timaparece 
            com um jogo que promete se tornar mais um dos grandes nomes no portfolio do 
            cara: Broken 
            Age.
        
            Antes de mais nada, Broken 
            Age começou a ser desenvolvido 
            em meados de 2012 e dependeu de crowdfunding para virar realidade. Graças à 
            história e fama de Tim 
            Schafer, não só eles conseguiram o dinheiro que precisavam docrowdfunding como foram muito além, permitindo que 
            o projeto inicial fosse ampliado e melhorado (embora houveram problemas de percurso), tudo a favor dos jogadores: a 
            história foi levada além, a estética se tornou mais complexa e até a dublagem 
            saiu ganhando, com vozes de Elijah 
            Wood, Jack 
            Black e Wil 
            Wheaton.
        
            
            
            
        
        
            
            Broken Age tem tudo que a gente 
            conhece daquele Tim dos anos 1990: uma história excelente, 
            diálogos divertidos com piadas bem colocadas, puzzlesinteligentes, 
            arte primorosa, personagens cativantes e expressivos e até as clássicas legendas 
            coloridas. A jogabilidade é auto-explicativa – point 
            and click– e consiste em somente clicar nos lugares e objetos com os quais 
            deseja que o personagem interaja, além de usar e combinar ítens para resolver os puzzlese 
            avançar na história.
        
            A principal inovação, no entanto, fica no fato de termos dois protagonistas –Shay e Vella, 
            cada um vivendo em um mundo diferente aparentemente sem relação (com pequenas 
            dicas, suposições e pistas nos acontecimentos, vamos percebendo cada vez mais 
            alguma relação entre as histórias dos dois protagonistas, culminando em algo que 
            jogador nenhum poderia imaginar!), e você pode alternar entre os dois e ir 
            jogando as duas histórias pouco a pouco ou simplesmente jogar uma delas e depois 
            voltar para jogar a outra. Isso também resolve um dos problemas de qualquer adventure: 
            ficar preso sem saber o que fazer.
        
            
            

        
            Se você tem em torno de 30 anos e viveu a boa época dos games nos anos 90 mas ainda não jogou Broken 
            Age, eu recomendo que faça isso o quanto antes. Se você não conheceu aquela 
            década que proporcionou excelentes jogos, então Broken 
            Age é uma boa porta de entrada 
            para o mundo dos adventures 
            point and click. De uma forma ou de outra, eu recomendo.
        
            
            Broken Age é, sem a menor 
            dúvida, o clássico que eu (e muita gente) tanto esperava de Tim 
            Schafer. A Double 
            Fine ainda está 
            desenvolvendo a segunda parte do jogo (só é possível jogar a primeira parte) mas 
            eu mal posso esperar a hora de poder continuar esta maravilhosa história!
        
            
            
